segunda-feira, 28 de março de 2011
Souto Moura
com
Estádio Braga
Casa das Histórias
Mercado Braga
Marginal de Matosinhos
etc
depois de
Niemeyer
Gehry
Siza
Hadid
etc.
Bravo!!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Não Sei
Que se façam todos os comentários a olhar para trás, que se tente perceber se foi estratégia de quem e de qual, que se tente descodificar mensagens em tudo, que se analise de quem é a culpa e quem se vitimizou (há sempre alguém), que se perca tempo. Seja. Na hora de por a cruz, aí sim, que se olhe para trás: por favor vamos com isto para a frente.
O drama é interno apesar da falta de autonomia (que ninguém a conteste). O problema apesar das fronteiras híbridas é só Português e de quem por aqui anda. O tempo em que a política era um meio de subir na vida já acabou. Acabou com o principio do séc. XXI. Acabou. Vamos para a frente?
quinta-feira, 24 de março de 2011
Reflexões díspares #12
terça-feira, 22 de março de 2011
O Jogo
Já estamos bem dentro da Quaresma:
O jogo de Jesus é dar a vida.
Republico um excerto de uma conferência sobre "A Vida" pelo Pe. Carlos Carneiro. Bem ao seu estilo.
Até Já
Teatro do Bairro
até já
João Villaret
Fado Triste
Fado negro das vielas
Onde a noite quando passa
Leva mais tempo a passar
Ouve-se a voz
Voz inspirada de uma raça
Que mundo em fora nos levou
Pelo azul do mar
Se o fado se canta e chora
Também se pode falar
Mãos doloridas na guitarra
que desgarra dor bizarra
Mãos insofridas, mãos plangentes
Mãos frementes e impacientes
Mãos desoladas e sombrias
Desgraçadas, doentias
Quando à traição, ciume e morte
E um coração a bater forte
Uma história bem singela
Bairro antigo, uma viela
Um marinheiro gingão
E a Emília cigarreira
Que ainda tinha mais virtude
Que a própria Rosa Maria
Em dia de procissão
Da Senhora da Saúde
Os beijos que ele lhe dava
Trazia-os ele de longe
Trazia-os ele do mar
Eram bravios e salgados
E ao regressar à tardinha
O mulherio tagarela
De todo o bairro de Alfama
Cochichava em segredinho
Que os sapatos dele e dela
Dormiam muito juntinhos
Debaixo da mesma cama
Pela janela da Emília
Entrava a lua
E a guitarra
À esquina de uma rua gemia,
Dolente a soluçar.
E lá em casa:
Mãos amorosas na guitarra
Que desgarra dor bizarra
Mãos frementes de desejo
Impacientes como um beijo
Mãos de fado, de pecado
A guitarra a afagar
Como um corpo de mulher
Para o despir e para o beijar
Mas um dia,
Mas um dia santo Deus, ele não veio
Ela espera olhando a lua, meu Deus
Que sofrer aquele
O luar bate nas casas
O luar bate na rua
Mas não marca a sombra dele
Procurou como doida
E ao voltar da esquina
Viu ele acompanhado
Com outra ao lado, de braço dado
Gingão, feliz, levião
Um ar fadista e bizarro
Um cravo atrás da orelha
E preso à boca vermelha
O que resta de um cigarro
Lume e cinza na viela,
Ela vê, que homem aquele
O lume no peito dela
A cinza no olhar dele
E o ciume chegou como lume
Queimou, o seu peito a sangrar
Foi como vento que veio
Labareda atear, a fogueira aumentar
Foi a visão infernal
A imagem do mal que no bairro surgiu
Foi o amor que jurou
Que jurou e mentiu
Correm vertigens num grito
Direito ou maldito que há-de perder
Puxa a navalha, canalha
Não há quem te valha
Tu tens de morrer
Há alarido na viela
Que mulher aquela
Que paixão a sua
E cai um corpo sangrando
Nas pedras da rua
Mãos carinhosas, generosas
Que não conhecem o rancor
Mãos que o fado compreendem
e entendem sua dor
Mãos que não mentem
Quando sentem
Outras mãos para acarinhar
Mãos que brigam, que castigam
Mas que sabem perdoar
E pouco a pouco o amor regressou
Como lume queimou
Essas bocas febris
Foi um amor que voltou
E a desgraça trocou
Para ser mais feliz
Foi uma luz renascida
Um sonho, uma vida
De novo a surgir
Foi um amor que voltou
Que voltou a sorrir
Há gargalhadas no ar
E o sol a vibrar
Tem gritos de cor
Há alegria na viela
E em cada janela
Renasce uma flor
Veio o perdão e depois
Felizes os dois
Lá vão lado a lado
E digam lá se pode ou não
Falar-se o fado.
até já
sexta-feira, 18 de março de 2011
Cacatua Verde
Jogo entre verdade e mentira, numa época em que o que acontecia podia ser mentira ou só não ser verdade. Foi na Revolução Francesa mas esta confusão entre as duas posturas acontece hoje também, muito actual. Sem ser uma comédia, tem vários episódios cómicos. Umas poucas cenas pareceram-me um excitamento sexual fácil mas toda a peça é altamente recomendável, com confrontos dúbios e interessantíssimos, no fim, muito claros. Naturalmente vai num crescendo e no climax acabam cerca de 20 actores (salvo erro) em palco, todos coordenados e encadiados, num caos organizado. Bravo!! Bom cenário e caracterizações (nesta opinião de leigo). Recomendo (ainda para mais pela grande presença do João!)!
Diz quem de direito que se fica apreciar esta peça nos dias seguintes por isso fica a dica aqui para uma semana bem passada!
Até já
Orelha Negra
Tudo filmado no Braço de Prata!!
ate ja
Álvaro de Campos
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
quinta-feira, 10 de março de 2011
Bem público
Há limites para os sacrifícios
com uns contributos muito felizes do Francisco Assis, que perdeu a cabeça (e do Sócrates que sempre e mais uma vez se desculpa com crise mundial, que muito elegantemente acaba por não cumprir o protocolo, atrasando-se para ficar a falar com jornalistas), do Louçã, com frases mais ocas que um suspiro (que no fim não foi cumprimentar o PR, confirmando que só serve para protestar e cada vez mais com menor bom-senso) do Jerónimo, que não aguenta a ideia de um Estado com menor preponderância.
até já
quarta-feira, 9 de março de 2011
Poste
Treina-se para ganhar por muitos, quantos mais melhor. Quanto mais se treinar melhor se fica. Quanto melhor se é, mais golos se marcam. Mais uma vez quanto mais se treina, mais golos se marcam. Boa. Mas existe o azar. A bola que vai ao poste. Quase entra mas não entra. Fica tão longe de ser golo como uma que dá 3 pontos à Irlanda. Bola no poste. É azar certamente. Não é golo certamente. É azar? Não é azar, é ao lado. É falta de pontaria e não existe cá essa da pontaria a mais. A pontaria almeja a baliza, não o poste. O que é que falta? Não é falta de azar. É falta de treino. Falta de treino para se acertar e para ser golo.
Bola no poste não é azar, é falta de treino.
Falta-nos treino, é sempre bolas no poste, bolas!
ate ja