terça-feira, 11 de maio de 2010

Fátima e Futebol

"(...)
Quando (se) o Benfica for campeão meia Lisboa (senão o país) vai parar. São 5 anos de seca, depois de um campeonato longo, onde jogámos nas horas e fomos os melhores. A malta vai querer festejar. Já se reservaram rotundas e praças. Esta brincadeira vai custar ao erário público. Protecção no estádio e arredores, protecção no Marquês de Pombal e arredores, limpeza das latas de cerveja que vão andar por aí perdidas, ruas fechadas, alterações nos transportes públicos. O Estado, se não for parvo, reconhece a especificdade do momento, e actua em consentimento. É normal que se feche a rotunda do Marquês, e é normal que se condicione o trânsito à volta do estádio da luz, e é normal que se passe pelos Passos do Concelho.
Agora releiam isto, substituindo as palavras Benfica por Igreja, Estádio por Terreiro do Paço, cervejas por velinhas (se bem que, uma cerveja com o Papa, alemão, não estaria mal...), etc. Seria muito parvo o Estado não reconhecer cada um destes movimentos socias.
Depois disto é uma questão de graduação. No meu ponto de vista, a tolerância de ponto é excessiva, e acho que as pessoas se deveriam responsabilizar pelas suas escolhas (já tinha explicado este ponto de vista antes, numa posta qualquer por aí perdida). Fechar o trânsito no Terreiro do Paço já me parece um mínimo. E se o Benfica é recebido com honras na Câmara Municipal, porque é que o Papa não poderá também ter honras no país?
O que me chateia neste assunto, acima de todas as outras coisas, é contra-reacções de muitas pessoas protectoras da actividade "visita do Papa". Tão facilmente caímos na argumentação infrutífera. Dizem os nossos bons ensinamentos: se não dá fruto, passa à próxima. Há muitos mais sítios onde podemos, e devemos, estar concentrados. O mundo sofre em muitos mais lugares."

Bar da Tenda

1 comentário:

  1. Já tinha visto esta posta do teu irmão. Na mouche!
    É só preciso um tipo ter um bocadinho de bom senso...

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