Se Sócrates, o ateniense, fosse vivo seria certamente mais um desgraçadinho cheio de contas para pagar. Isto, claro está, segundo o exercício ilógico de usarmos as ideias do mesmo e as aplicarmos à actuação do Primeiro-ministro de Portugal. Com aquele discurso manhoso, o barbudo anafado não tinha qualquer hipótese de singrar no cenário político português. Nem para Presidente de Junta de Freguesia servia. Imaginemos um discurso de Sócrates Filósofo na AR, na pele de Primeiro-ministro, com tiradas do género:
"Meus amigos: eu só sei que nada sei". "Aquilo que não puderes controlar, não ordenes"."Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância". "A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser." Coitadito. Não durava dois minutos nestas andanças.
Não contente, continuava: "O verdadeiro conhecimento vem de dentro" e "a maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer". E por fim: "É mais fácil corromper, do que persuadir..."Acham possível?
Bem esta última talvez desse para uma comissão de inquérito. Muito Sócrates para o nosso Eng.º Sócrates não é verdade? Estes gregos são tramados. E ainda lhes emprestamos dinheiro.
A humildade do grego é quase proporcional ao ego do português. Com a diferença de que o primeiro não governava um país, não afectando por isso milhões de pessoas. O de Atenas procurava conversar e filosofar aprendendo. Nada escreveu, nunca. O segundo parece ser feito de certezas e ter sempre resposta para tudo, ainda que em alguns casos só por escrito.
A sabedoria de Sócrates, o Filósofo entenda-se, residia na consciência dos limites do seu próprio saber, numa tomada de consciência do próprio não saber: "Só aquele que tem consciência da sua própria ignorância procura o saber". "Aquele que julga que tudo conhece contenta-se com o saber que possui. Os que tudo afirmam saber são os mais ignorantes de todos, dado que desconhecem a sua própria ignorância. "
Resumindo: Não é o nome que faz o homem, mas sim o homem que faz o nome.
"Meus amigos: eu só sei que nada sei". "Aquilo que não puderes controlar, não ordenes"."Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância". "A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser." Coitadito. Não durava dois minutos nestas andanças.
Não contente, continuava: "O verdadeiro conhecimento vem de dentro" e "a maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer". E por fim: "É mais fácil corromper, do que persuadir..."Acham possível?
Bem esta última talvez desse para uma comissão de inquérito. Muito Sócrates para o nosso Eng.º Sócrates não é verdade? Estes gregos são tramados. E ainda lhes emprestamos dinheiro.
A humildade do grego é quase proporcional ao ego do português. Com a diferença de que o primeiro não governava um país, não afectando por isso milhões de pessoas. O de Atenas procurava conversar e filosofar aprendendo. Nada escreveu, nunca. O segundo parece ser feito de certezas e ter sempre resposta para tudo, ainda que em alguns casos só por escrito.
A sabedoria de Sócrates, o Filósofo entenda-se, residia na consciência dos limites do seu próprio saber, numa tomada de consciência do próprio não saber: "Só aquele que tem consciência da sua própria ignorância procura o saber". "Aquele que julga que tudo conhece contenta-se com o saber que possui. Os que tudo afirmam saber são os mais ignorantes de todos, dado que desconhecem a sua própria ignorância. "
Resumindo: Não é o nome que faz o homem, mas sim o homem que faz o nome.
Tiago Mesquita no Expresso.
Está bem apanhado, está...
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