São propostos 40 dias de preparação para a Páscoa: Quaresma. O mesmo número para o Natal: Advento. Conseguimos extrair daqui que não existiria uma celebração sem a outra, complementam-se! Mas porquê tanto tempo? Será que "tanto" tempo é suficiente?
Não sei falar da Páscoa por si. Jesus morreu por cada um de nós e isso transcende! A cruzinha que trago (como tantas outras pessoas) ao peito é sinal deste momento histórico. Morreu por amor e ressuscitou há quase 2000 anos e ressuscitou agora, dentro de cada um. Não me sinto com legitimidade para falar da Páscoa nem esclarecido para isso. Apenas sei que é uma confusão de emoções e de apelos e que me sinto renascido por dentro, na escala possível.
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça. Todas as cerimónias, de 6ª feira santa à vigília no sábado, o Prior Zé Luis com a sua mão quente e generosa, as mesma senhoras de sempre e os primos sempre a troçarem da desafinação daquela igreja cheia a cantar: tudo isto me ajuda na derradeira preparação para a Páscoa e o acompanhar as gentes da terra na sua emoção é algo que me comove sistematicamente. Faz-me interiorizar a minha real dimensão e o respeito que nutro por todos ali é imenso. Mal sabem eles o quão marcantes para mim são. Para trás fica o processo que este ano passou por preparações e interiorizações de CIFA e de Crisma. Intenso e difícil mas com os olhos voltados para a frente, com vontade de construir algo melhor (pode soar foleiro mas passa por aí).
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça e isso traz-me uma grande consolação. Cresci a passar esta altura tão importante lá e o Domingo de Páscoa é a verdadeira comunhão. Família alargada toda reunida, contente. Contagiosamente contente por vivermos isto juntos. Talvez irritantemente contente até mas contente é bom! a Sala de Jantar grande bem posta como manda a lei, uns fartos pratos, repletos para encher a barriga, bom vinho e a barulheira das gargalhadas! Os que não adormecem sentados à mesa dignam-se a ir até a sala e tentar uma vã sesta mas a nova geração não o permite! A ansiedade pelos Ovos no jardim apodera-se mesmo dos mais velhos e antes do arranque as fotografias na escadaria de entrada! Família, como a Páscoa ensinou, na Primavera, como a Páscoa ensinou, quando tudo rebenta com uma nova vida, recarregar energias para o que aí vem, como a Páscoa ensinou.
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça. Espero nunca não o fazer!
tj
Não sei falar da Páscoa por si. Jesus morreu por cada um de nós e isso transcende! A cruzinha que trago (como tantas outras pessoas) ao peito é sinal deste momento histórico. Morreu por amor e ressuscitou há quase 2000 anos e ressuscitou agora, dentro de cada um. Não me sinto com legitimidade para falar da Páscoa nem esclarecido para isso. Apenas sei que é uma confusão de emoções e de apelos e que me sinto renascido por dentro, na escala possível.
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça. Todas as cerimónias, de 6ª feira santa à vigília no sábado, o Prior Zé Luis com a sua mão quente e generosa, as mesma senhoras de sempre e os primos sempre a troçarem da desafinação daquela igreja cheia a cantar: tudo isto me ajuda na derradeira preparação para a Páscoa e o acompanhar as gentes da terra na sua emoção é algo que me comove sistematicamente. Faz-me interiorizar a minha real dimensão e o respeito que nutro por todos ali é imenso. Mal sabem eles o quão marcantes para mim são. Para trás fica o processo que este ano passou por preparações e interiorizações de CIFA e de Crisma. Intenso e difícil mas com os olhos voltados para a frente, com vontade de construir algo melhor (pode soar foleiro mas passa por aí).
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça e isso traz-me uma grande consolação. Cresci a passar esta altura tão importante lá e o Domingo de Páscoa é a verdadeira comunhão. Família alargada toda reunida, contente. Contagiosamente contente por vivermos isto juntos. Talvez irritantemente contente até mas contente é bom! a Sala de Jantar grande bem posta como manda a lei, uns fartos pratos, repletos para encher a barriga, bom vinho e a barulheira das gargalhadas! Os que não adormecem sentados à mesa dignam-se a ir até a sala e tentar uma vã sesta mas a nova geração não o permite! A ansiedade pelos Ovos no jardim apodera-se mesmo dos mais velhos e antes do arranque as fotografias na escadaria de entrada! Família, como a Páscoa ensinou, na Primavera, como a Páscoa ensinou, quando tudo rebenta com uma nova vida, recarregar energias para o que aí vem, como a Páscoa ensinou.
Nunca celebrei esta festa sem ser na Quinta de Seiça. Espero nunca não o fazer!
tj
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