Primeiras impressões do congresso do PSD:
só vi o discurso de abertura (integralmente) e o de fecho (+/-30 mins) e acredito que tenha bastado... Congresso de tomada de posse, nesta altura do campeonato e com aqueles resultados aquando da eleição podia-se esperar que fosse muito para inglês (ou português) ver: unidade, solidariedade, trabalho, unidade, unidade. Algumas frases feitas, muito trabalhinho de casa feito, algumas linhas orientadoras bem demonstradas.
Rangel e Aguiar-Branco aplaudiram, de pé, o discurso de abertura. Começaram-se a resolver temas como a unidade do partido, como comissão da república (que não me parece nada prioritário, para já), como as presidenciais (muito bem resolvidas, apesar de alguns jornalistas patetas tentarem encontrar sempre segundas intenções) e no fecho roubaram-se temas ao CDS (como a eficiência da distribuição de subsídios de desemprego) e deram-se sinais que o PSD está já a trabalhar, mesmo sem o poder (revisões da constituição). Na substância, no que agora me recordo, parece-me que não foi mal conseguido, mas também não sei se concordo com isto. Na forma também não foi mal conseguido (as mensagens passaram e foram claras) mas se calhar a forma foi boa de mais ("Perguntara-me se hoje era um Homem feliz...", "Quando a Alice encontra o gato, oráculo do mundo").
Ferreira Leite marcou presença no fecho. Também ela esta empenhada em Portugal e não se demite de deputada nem das suas responsabilidades no partido. Em entrevistas ouvi hoje que muitos acessores lhe tinham proposto telepontos, mudanças de penteado e etc. Tudo recusado em nome da transparência. Aprendemos com isto?
PPC é bastante cromo (para o bem e para o mal). Traz consigo a eloquência de Santana Lopes, trás consigo a juventude de Durão Barroso, traz consigo a substância de quem? a ver... mas é empurrado pela aura de D. Sebastião e pela força de um partido. Está com um travo de salvador, como Sá Carneiro (cuidado com a escala) mas não fundou nada e tem muito que provar (até agora só provou que sabe perder e nem sempre bem).
Pelo que vi, correu melhor que o que esperava (apesar de não ter seguido bem) mas o risco de passar a ter um PSD igual a Sócrates no que toca a imagem, comunicação vs substância é bem real.
tj
só vi o discurso de abertura (integralmente) e o de fecho (+/-30 mins) e acredito que tenha bastado... Congresso de tomada de posse, nesta altura do campeonato e com aqueles resultados aquando da eleição podia-se esperar que fosse muito para inglês (ou português) ver: unidade, solidariedade, trabalho, unidade, unidade. Algumas frases feitas, muito trabalhinho de casa feito, algumas linhas orientadoras bem demonstradas.
Rangel e Aguiar-Branco aplaudiram, de pé, o discurso de abertura. Começaram-se a resolver temas como a unidade do partido, como comissão da república (que não me parece nada prioritário, para já), como as presidenciais (muito bem resolvidas, apesar de alguns jornalistas patetas tentarem encontrar sempre segundas intenções) e no fecho roubaram-se temas ao CDS (como a eficiência da distribuição de subsídios de desemprego) e deram-se sinais que o PSD está já a trabalhar, mesmo sem o poder (revisões da constituição). Na substância, no que agora me recordo, parece-me que não foi mal conseguido, mas também não sei se concordo com isto. Na forma também não foi mal conseguido (as mensagens passaram e foram claras) mas se calhar a forma foi boa de mais ("Perguntara-me se hoje era um Homem feliz...", "Quando a Alice encontra o gato, oráculo do mundo").
Ferreira Leite marcou presença no fecho. Também ela esta empenhada em Portugal e não se demite de deputada nem das suas responsabilidades no partido. Em entrevistas ouvi hoje que muitos acessores lhe tinham proposto telepontos, mudanças de penteado e etc. Tudo recusado em nome da transparência. Aprendemos com isto?
PPC é bastante cromo (para o bem e para o mal). Traz consigo a eloquência de Santana Lopes, trás consigo a juventude de Durão Barroso, traz consigo a substância de quem? a ver... mas é empurrado pela aura de D. Sebastião e pela força de um partido. Está com um travo de salvador, como Sá Carneiro (cuidado com a escala) mas não fundou nada e tem muito que provar (até agora só provou que sabe perder e nem sempre bem).
Pelo que vi, correu melhor que o que esperava (apesar de não ter seguido bem) mas o risco de passar a ter um PSD igual a Sócrates no que toca a imagem, comunicação vs substância é bem real.
tj
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