quarta-feira, 17 de março de 2010

Lei da Rolha


Bem, não é nova esta lei. E se em alguns partidos ela não é oficial, existe, sem dúvida, às escondidas.
No congresso do passado sábado, Pedro Santana Lopes propôs a lei da rolha, que ninguém seja dissonante da direcção do partido a partir de 60 dias antes de actos eleitorais. Acredito que tenha sido proposta com intenção de melhorar o partido que muito se tem vindo a subdividir ao longo dos tempos mas será que o fará?!
Não me parece uma lei brilhante não só porque nos colamos a todos os outros partidos (que andam todos bem ordenadinhos) mas porque divide cada militante. É mais importante permanecer dentro do partido ou dar a minha opinião e ser expulso? Não me parece brilhante porque limita a liberdade, nestes termos (bem sabemos que o partido é como um "Clube", que se rege pelas suas leis). Não me parece brilhante, nesta altura da conjuntura que anda tudo com medo pela liberdade de expressão. Não me parece brilhante porque vai contra a imagem (acredito que seja boa) que o partido tem transmitido nos últimos vários anos: a da pluralidade.
Todos os candidatos a líder votariam contra se tivessem oportunidade. Todos se manifestaram contra ela (até Pedro Passos Coelho). Não dirá isto alguma coisa?
Deixo aqui mais uma opinião interessante, apesar de não concordar com ela na íntegra, só porque sou um tipo plural.
tj

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